TEMPO

Quem já não falou do tempo,
Sentiu o tempo passar a todo instante;
Quantas vezes tentamos capturar o tempo,
Apesar de ele continuar a fluir incessante.

Tempos belos ou difíceis,
Tranqüilos ou agitados;
Desejados ou recusados,
Assim chamamos o tempo,
Ao passarmos pelos nossos tempos.

Ah! se entendêssemos que não é o tempo que passa,
Mas nós que passamos por ele,
Ele não corre ou atrasa,
Nós sim atrasamos ou corremos através dele.

Que o tempo do relógio,
Não iniba nossa percepção,
Da imensidão do tempo.

Tempos, tão grandes,
Quanto desejarmos,
Ao mesmo tempo tão rápidos,
Quando ansiamos.

Tempo e tempos que se distribuem em todas as vidas,
Da ação ou imobilidade,
Decisão ou indecisão,
Alegria ou tristeza,
O tempo é democrático,
Atende a todos os tempos.

Este tempo escrevendo versos,
Tentando achar tempo para procurar,
E encontrar as palavras,
Que expressassem uma verdade,
Sobre o tempo que passa.

Enfim, a contragosto concluímos,
O tempo é na verdade,
Como todos um dia sabemos,
O que dele fazemos.

Convidado: Evandro Luiz de Oliveira

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