O Andarilho

Dedico ao meu Grande amigo e poeta:
Alexandre Malosti



Seguir o caminho,
Prosseguir...
O destino miserável,
Imensurável,
Intragável de ver a sujeira,
A Injustiça,
A mesmice de muitos...
Tolos...Inúteis...
Vida Fútil.
Assim prossigo a jornada,
Triste não levo nada...
Nada me surpreende...
Nada que eu deseje...
Nesse mundo vazio.
Me esvazio.
Grito...Grito.
Gritos ao vento,
Na imensidão do nada.
Não há ninguém que entenda,
Compreenda, a revolta em que estou.
Tem olhos, mas não veêm;
Tem mãos e não toca;
Tem boca, mas não falam.
Não ajudam.
Não amparam.
E assim vou andando...
Sou uma força pequena deste sistema;
Sistema podre, inútil.
Não me resta nada a não ser caminhar...
Tirar as pedras que se opõem em meio ao caminho...
E guardar na sacola da Vida;
Para edificar;
Me proteger;
Crescer;
Me fortalecer;
Me armar;
Me desarmar;
E VIVER.
Crer em mim;
E nas minhas forças que vão além do que imagino.
E assim tentar mudar algo e fazer a diferença.
Ser a diferença para alguém!
Porque na caminhada do nosso viver, cada pedra que se levanta, é uma parte da coluna do meu castelo, que se Fortalece!




"É covardia calar, quando se faz necessário falar!"


(Salutio- Historiador romano 86-35 A.C)




Ana Paula Malosti


12/Dezembro/2010

Nenhum comentário: