Soneto ao grande amigo

Desde os primórdios desta triste vida,
privado de carinhos, de atenção,
minha alma, em via crucis dolorida,
...
entrega-se, sem luta, a depressão.

Tantas saudades tenho da acolhida,
entre beijos e abraços... tudo em vão!
Não passam de delírios, pois a lida,
se faz no lar da eterna solidão.

Mas Deus coloca sempre, neste mundo,
pequenas criaturas, que no fundo,
demonstram um amor descomunal.

E assim, ao adentrar no triste lar,
meu coração se alegra ao ver pular
meu cachorrinho em gesto fraternal.

Autor Convidado: Luiz Antonio Cardoso

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