MEU FALAR NORDESTINO

Meu falar nada grã-fino
Tampouco simpatizante;
Disto não me azucrino
Nem me faço de arrogante;
Meu falar bom ‒ puro hino
De alguém que fala cortante
Engolindo consoante.
Um quê de falar sorrindo
Como quem fala cantante
Do destemido destino
De ser alma retirante;
Povo que, de sol a pino,
Faz-se de forte o bastante
Por ser nato nordestino:
Vida árdua, inconstante.


Autor Convidado: Wildman Cestari

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