SONETO PARA O DESPERTAR DO INSTINTO HUMANO

Sombra da noite acabada,
Manto negro de imenso profundo,
Tens a mão tesa e apagada
Que desperta no submundo.

Manta forrada de um negro brilho
A aquecer o torpor de susto.
Alimenta o instinto qual o filho
Sacia o desejo no busto.

Fraca, esta carne subumana
Do homem que adiante se ajoelha
E sucumbe aos negros olhos do desejo:

Se lambuza no afã da cama
Ao se alimentar sem o gracejo
De um não-homem a que assemelha.

Autor convidado: Jorge André Fischer

Nenhum comentário: