Guerra e Amor

O tempo é teu
mas, sou eu quem sei a hora
A tua beleza esta nos olhos que te olha
O que tempera seu sabor é a boca que prova.

Boca que percorre seu corpo transpondo e desafiando
a aderência da sua pele.
Lábios que ardem ao tocar teu corpo quente, a boca queima
Desejo no aguardo de um ensejo
O corpo não mente
A vontade aperta e enrijece, o sangue se concentra
O desejo não é mais oculto, ele tem volume e cor
Vermelho quente.

O tesouro que era segredo, agora se umedece
A vontade não tem medo
E o que é meu, a mim sera entregue.

Doce mel dos olhos que me olham, em quanto
a boca ainda mais doce me toca.
Misto de maldade, macies ardente.
E diante, da palavra, que será quebrada
Tenta fugir, mas ao fugir, como um exercito descoordenado
Deixa o flanco, oposto a fonte do prazer, desprotegido
E como um General brilhante, incito meu ataque avante
E o inimigo sangra, se encharca, o sangue é doce e incolor.

O sinal de vitória, vem com um gesto  simples
Uma porta que se abre
Agora, o inimigo é subjugado, mas o respeito por uma
batalha tao prazerosa, é a recompensa generosa

E da guerra se faz o afeto, a paz reina, os corpos se encaixam
E o coração pulsa descompassado, nada é tao macio
E o que era incerto, agora é úmido, e a boca que dizia não se cala
Os olhos que se escondiam, agora transmitem claramente
O tempo é seu mas eu quem sei a hora
E nessa hora, o desejo se torna prazer
O tempo é seu, e é você que pede a trégua
Você pedi o fim, e acato o seu pedido
E esse fim é eterno, sonhos, desejos, ainda ocorrem
Permanecem na memória, o prazer se estende

O prazer é permanente diante da vitória.

AUTOR CONVIDADO: DARLON CZAR BRAMBILLA

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