Desengano

Finalmente, após conquistá-la
O que hei de fazer?
Colocá-la em pedestal, adorá-la
Ou simplesmente obedecer?

Obedecer ao meu animal instinto?
Impondo-a o meu branco sangue
A invadir teu íntimo recinto
Transformando seu corpo em mangue.

Não, não fiques comigo, amada
Lutes contra esse primitivo amor,
Pois nada, absolutamente nada
Valerá um segundo de sua dor.

Será um sonho, um pesadelo
Uma obsessão cruel qualquer
Ou um capricho, paranóico zelo
De um louco por uma mulher?

Entendo que não te mereço
E mais ainda o quanto te amo
Perdi-me em você, desde o começo
Ficou apenas este poema: Desengano.

AUTOR CONVIDADO: ANDRÉ BIANC

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