Mania de querer,
Ansiedade de obter
Intensamente o que não tem,
Salvargando o precioso objeto que não mais convém.
XLII (de ALQUIMIA DO NONENSE)
Branco é tranqüilidade
Mas atormenta
Branco é paz
Mas angustia
Sou ele ela ou eles
Sou quem
Sou o que
Sou o qual
Branco é cor da ausência
Ausência do nada
Antes fosse preto
Ausência do tudo
Antes fosse também
Ser nada diante de tudo
Que tudo diante de nada
Branco sou
Não Branco estou
Falta achar na mente
A cor que eu lembrava
FÉ
Não li, mas li;
Não vi, mas vi;
Não ouvi, ouvi.
Tudo se foi,
Nada ficou.
Mas, mesmo assim,
Eu creio em ti
Sem duvidar
Da tua fala
Muito bonita
De se escutar.
Pena que eu não
Possa entender
Tudo de ti,
Pouco de ti
(Sim, sou ignorante,)
(Não vou mentir).
Tu que és melhor
Do que eu em pessoa:
Um doutor ante
A mim, um cabra
Que, em si, não sabe
Ler sem alguém
Pra lhe dizer
Que isto é aquilo;
O que acredito
Ser a palavra
De Deus (de ti),
Sem entender...
Porém, contente
De, nelas, crer.
Autor Convidado: Leandro Monteiro
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