ASSUNTO DO MOMENTO

O assunto na cidade
Ainda é a situação
Do prefeito Peixotinho
Que segue na contra-mão
Dando nó em pingo d'água
Pra evitar a cassação.

Em todo boteco e esquina
Pelas rodas de baralho
No futebol e comércio
O prefeito leva o malho
E por ele ninguém dá
Nem poeira de cascalho.

E tem gente apostando
Que o final de seu mandato
Chega antes de setembro
Anunciando o grande fato
Onde o fim de seu poder
Deixará de ser boato.

Porém por toda cidade
Tem gente tão pessimista
Que acredita que o prefeito
Sempre pagando à vista
Na câmara tem garantida
Forte base peixotista.

No meio do falatório
Tem quem faça a previsão
De que a câmara não cassa
E nem deixa ele na mão
Dando jeito e evitando
Que ele sofra cassação.

Tem cheiro de pizza no ar
Já falou um entendido
Que sabe das malandragens
E do montante investido
Para evitar que uma virgula
Dê a historia outro sentido.

Se tem gente apostando
Que o prefeito nunca cai
Outros de sua queda
Dizem já ouvir um ai
Se o povo for as ruas
Pra dizer onde ele vai.

E pra onde o homem for
Que leve sua comitiva
A mesma que teve com ele
Vida por demais festiva
Sustentada pelo povo
E por grana muito viva.

E que não indo sozinho
Leve consigo assessor
Também a primeira dama
E mais de um vereador
Talvez mais de meia dúzia
Gente sem nenhum pudor.

Pois se o prefeito errou
Ele não errou sozinho
Sempre tendo aconchego
Fazendo um bom negocinho
Oportuno e tão precioso
Com algum vereadorzinho.

Mas enquanto se  especula
Se ele para ou continua
O caos se faz visível
E a verdade anda tão nua
Que a ausência de comando
É  sentida em toda rua.

O mato cresce nas praças
O trânsito não tem  sentido
E lá no pronto-socorro
Um outro desassistido
Depois de um dia de maca
Já esgotou seu gemido.

Mesmo que o mal cheiro
De uma pizza apodrecida
Escape do forno da câmara
Pra complicar nossa vida
O que a cidade precisa
É encontrar uma saída.

Não pode ficar no impasse
Dependendo de um prefeito
Que não pode ir à rua
Mesmo tendo sido eleito
Porque o povo revoltado
Conhece seu maior defeito.

Portanto chegando a hora
E será ainda em agosto
Que Taubaté vai saber
Se ele se mantém no posto
Ou sob pressão do povo
De imediato é deposto.

Independente da câmara
Onde o prefeito deita e rola
E tem até vereadores
Guardados numa sacola
Só por pressão popular
É que a  cassação decola.

E se a câmara resistir
Em botar fim nesse mal
Não resta outro recurso
Senão ser mais radical
Deixando o desfecho da coisa
Pra Policia Federal.

Autro Convidado: Silvio Prado

Nenhum comentário: