Estes dias me peguei
chateada com pensamentos negativos: por que certas pessoas não acreditam em
minha arte?
Muitas vezes me pego sendo
questionada por amigos e parentes o que ganho sendo escritora; “no máximo
satisfação pessoal”, argumentam, “ afinal, nenhum retorno financeiro...”.
Para que então investir tempo,
energia e dinheiro em publicação de livros, inscrições em concursos literários,
manutenção de sites e blogs, participação em saraus, bienais e outros eventos,
etc, etc, etc...
O que estou ganhando com isso?
Onde está o retorno financeiro?
Sei que em nosso país é difícil,
raro ou praticamente impossível para alguns viver economicamente somente da
venda de livros ou outras formas de arte. Tenho amigos poetas, escritores,
atores, jornalistas, artistas plásticos que paralelos a suas atividades
artísticas mantém outro meio de sobrevida. Assumem funções que às vezes até
lhes denotam algum certo prazer pessoal, mas a arte fala mais alta, e estes
mantêm as duas atividades em paralelo, afinal temos que sobreviver (e pagar
contas, é claro!).
Num país recordista em
arrecadação de impostos, nós brasileiros também temos direito de manifestar a
nossa arte, não somente pensando no “pão de cada dia”, mas também extravasando
a arte que a nossa criatividade manifesta, e aqueles que não entendem isso,
sinto muito, esta é a minha arte!
Ainda bem que Deus nos deu a
capacidade de sermos múltiplos e exercermos várias atividades ao mesmo tempo,
somos seres multifacetados, e é aí que se encontra a graça e o prazer de viver
a vida!
Autora Convidada: Karina Aldrighis
Karina Pereira Issamoto (assina com o pseudônimo de Karina Aldrighis)
É escritora, poetisa e secretária da UBE/SP Núcleo Vale do Paraíba
É escritora, poetisa e secretária da UBE/SP Núcleo Vale do Paraíba
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