Filho do Nada

Eu que sou filho do nada,
Parente da escuridão.
Ajoelho nestas terras ingratas,
Num pedido de perdão.

Eu que vaguei em vida sombria,
Nos montes nocivos da penumbra ardente.
Passei dias às traças jogadas,
Numa dor sem fim bem forte latente.

Da existência eu sou pó,
Da vida alguém rejeitado.
Cantarolei dias e noites hinos de amor,
Para acabar num buraco jogado.

E tudo se deve a erros meus,
Que insisti em cometê-los dia a dia,
Disse que meu amor por ti já era acabado,
Sabendo que a vida inteira de amaria.

Autora Convidada: Paola Martins

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