Da janela de um ônibus

Passam árvores, postes e
montanhas passam ao fundo.
Tudo passa diferente
Tudo aparenta ser diferente.
O tempo é mais inexato do que nunca
O passar do tempo
é mensurado pelos pensamentos
Passamos por pontes, e mais postes

As casas começam a passar, passamos por pessoas nas janelas
Quem são elas?
Passam pessoas na calçada.
Para onde vão elas?
Daqui os rostos são diferentes

Daqui tudo é diferente
Vemos as coisas passar la fora
E o tempo passa aqui dentro diferente

As casas acabam
O vilarejo passou
Agora as vacas e plantações começam a passar
O tempo passou depressa
A luz do dia passou

E agora, a bruma noturna começa a passar
Não enxergo mais o horizonte que passava
As luzes passam distam
O que são aquelas luzes que passam?

Agora o que me chama a atenção ao passar
São as luzes dos carros que por nós passam
Para onde vão esses carros?

Tenho que praticar o desapego,
porque tudo que vejo esta passando
E eu nada sei sobre oque vejo, só sei o que vejo.
E o que vejo está passando

As luzes distantes que passam,
me tomam novamente a atenção
As nuvens que escondiam o céu passaram
Agora vejo as estrelas e a lua
Elas não passam
Elas me acompanham

Elas estão paradas la no infinito, e não passam
Tudo passa, mas a lua esta nos acompanhando
Parece magico

Mas, tudo esta sendo magico
Da janela de um ônibus tudo é diferente
Tudo passa com magia.

Só que nada passou, quem passou fui eu.
Somos nós que passamos, tudo ainda esta lá

A lua me fez entender.


Autor Convidado: DARLON CZAR BRAMBILLA

Um comentário:

ALEXANDRE WAGNER MALOSTI disse...

Nós e que passmos .... e que nessa passagem possamos mudar o rumo das coisas, possamos escolher, possamos ser o protagonista de nossas vidas.... conscientes....
Parabéns mais uma vez... sempre surpreendendo... e pensar que deixava tudo isso em gavetas....
Abraços