Em uma madrugada similar as muitas que vivi, onde a saudade alimentava minha insônia, resolvi parar de resistir e lembrar dos seus traços, de cada detalhe do seu rosto.
Não contente me dispus a criar seu rosto à partir dos meus próprios traços, logo no primeiro rabisco me dei conta que sua imagem está gravada nitidamente na escuridão das minhas pálpebras e a cada piscar dos meus olhos vejo seu sorriso em alguma cena que vivemos .
Não contente me dispus a criar seu rosto à partir dos meus próprios traços, logo no primeiro rabisco me dei conta que sua imagem está gravada nitidamente na escuridão das minhas pálpebras e a cada piscar dos meus olhos vejo seu sorriso em alguma cena que vivemos .
Decorei cada traço do seu expressivo rosto de tanto que te admirei ao longo da nossa convivência.
Queria ter o talento divino para te reproduzir fielmente, mas é só Deus digno de tamanha habilidade com as mãos.
Queria ter o talento divino para te reproduzir fielmente, mas é só Deus digno de tamanha habilidade com as mãos.
Ao decorrer da minha criação, seu perfume exalou sobre a folha de papel branco, e logo veio o espanto e o tremor nas pernas, parecia mágico, mas era seu perfume, as pernas tremulavam, mas, a mão ainda firme traçava a imagem do meu amor, e me dei conta que o perfume inexistente, mas, presente, era fruto de mim mesmo e ao me convencer do quão puro é meu sentimento, larguei o lápis por um instante levei minhas mãos ao rosto, e esfreguei meus olhos, repousei minhas mãos sobre a folha, não mais vázia, e algo me fez fechar os olhos, e tentar fundir aquele perfume intenso com a imagem fiel da sua beleza, e naquele breve instante, pude sentir a textura da sua pele nas pontas dos meus dedos, sentir o gosto dela, pude sentir você presente.
Me senti feliz, o sorriso enfeitou minha face, e me vi sozinho naquela sala gelada onde o que me aquecia e me provocava instantes de delírios era o amor.
Amor esse, que poucos homens são providos de coragem e pureza para sentir, amor que nos conecta com o que é divino, e a cada pulsar dos nossos corações amantes, nos trazem a certeza que realmente somos poucos, mas ainda menores são aqueles que entendem esse amor e não nos julgam loucos, e nos veem como seres que vieram para amar, e amar assim tem um propósito que desconheço, mas há muitas coisas sobre a criação divina que desconhecemos.
Terminei o desenho, e senti um pouco da felicidade de Deus, quando cria um ser perfeito, reproduzi uma obra divina, eu havia acabado de desenhar a Carolina.
Autor convidado: Darlon Czar Brambilla
2 comentários:
Ahhhh que bonito, Darlon!
Esse menino vai longe *.*
Desejo-lhe todo sucesso deste mundo, querido!!!
Bjs da sua amiga, hoje e sempre,
Amanda (Reznor) ^^
Show Darlon , parabéns... tira tudo da gaveta.. abraços
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